Aumentar taxas, impostos e tributos em geral é coisa para governos fortes politicamente, com apoio garantido da sociedade, dos setores produtivos e do Congresso Nacional. Convenhamos, não é este o caso do presidente Michel Temer, que convive com um índice de popularidade de apenas um dígito e enfrenta uma guerra insana contra a denúncia do procurador geral da República, Rodrigo Janot. Portanto, a decisão de aumentar impostos justamente num momento político tão delicado exige muita coragem, além da certeza de que as contas públicas continuam num buraco sem fim, com a arrecadação claudicante e os gastos serelepes. Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, devem se preparar para a rebordosa a partir de agora. A reação deve vir de três frentes: da oposição, da própria base aliada ao Planalto e da sociedade _ do chamado “cidadão comum”, e talvez principalmente, do setor produtivo, que não apenas sofre bastante com a crise como tem dado sustentação desde a primeira hora a